“Cólica menstrual é comum, mas não normal! Osteopatia pode ser a solução.”
A cólica menstrual é um sintoma comum que afeta quase 90% das mulheres em algum momento da vida, e aproximadamente 50% delas sofrem com essas dores mensalmente, classificadas de forte intensidade.
A dismenorreia como também é conhecida, se caracteriza pela dor na região inferior do abdômen no início da menstruação, podendo continuar por alguns dias, mesmo na ausência de qualquer patologia pélvica. Algumas vezes pode vir associada a dor de cabeça, náuseas e vômitos, desconforto digestivo, como diarreia ou constipação, desmaios, dor na coluna lombar, dor mamária e inchaço abdominal que pode durar toda a menstruação.
Muitas mulheres tomam remédio mensalmente para alívio dos desconfortos menstruais, o que pode apenas estar aliviando os sintomas, mas não sanando a causa deles. Isto é observado no momento em que a mulher interrompe o uso do medicamento e as cólicas retornam em igual intensidade ou às vezes maior, isso sem contar nos efeitos colaterais que acompanham os medicamentos, tanto analgésicos como anticoncepcionais.
A ausência da doença não quer dizer que não tenha uma disfunção de mobilidade, por exemplo. O útero, onde ocorre a descamação durante a menstruação, está suspenso por várias estruturas como ligamentos, músculos e fáscias, que o mantém interligado a outros órgãos e ossos (veja figura abaixo). Qualquer alteração nessas estruturas pode alterar a dinâmica e o movimento normal que a víscera possui. Para que ocorra a descamação da parede do útero, iniciam-se pequenas contrações de sua musculatura, e caso esteja em disfunção, ou seja, com a mobilidade alterada, estas contrações podem ser mais fortes, desencadeando a cólica. Desta forma, cólica menstrual não pode ser considerada normal e pode ser tratada com a Osteopatia.
Vista lateral do assoalho pélvico. 1.Pubs, 2.Bexiga, 3.ÚTERO, 4.Intestino Reto, 5.Osso Sacral, 6.Ligamento que interliga todas essas vísceras e ossos ao útero, 7.Músculos do assoalho pélvico.
A Osteopatia é um método de tratamento eficaz nesses casos, que utiliza como forma de avaliação e tratamento técnicas manuais suaves, que a partir da avaliação global e minuciosa da paciente detecta possíveis pontos de disfunção e verifica a necessidade de mobilização, com o objetivo de melhorar o fluxo sanguíneo pélvico, o impulso nervoso, mobilidade osteo-articular; liberar as aderências nos tecidos moles, como também melhorar mecanismo hormonal.
A melhora dos sintomas é observada em poucas sessões, onde a paciente é acompanhada por alguns ciclos menstruais, até que a dor e o ciclo se regularizem.
Dra. Isabela Menegazzo
Fisioterapeuta Osteopata pela Escuela de Madrid Internacional